Sono e Desempenho – Antes de passar para essas equipes um conjunto estruturado de recomendações relativas ao sono – que podem ser postas em prática para ajudar a capitalizar o pleno potencial dos atletas -, forneço dados comprobatórios da National Basketball Association (NBA), utilizando o sono medido de Andre Iguodala, que integra o meu time local, o Golden State Warriors.
Com base em dados de controle do sono, a figura abaixo representa a diferença no desempenho de Iguodala quando tinha dormido mais de oito horas por noite em relação a quando tinha dormido menos de oito horas por noite.*
E óbvio que a maioria aqui não joga em equipes profissionais. Entretanto, muitos de nós somos fisicamente ativos ao longo da vida e estamos constantemente adquirindo novas habilidades.
Aprendizado motor e fisicalidade geral ainda são parte da nossa vida, desde o banal (aprender a digitar em um laptop novo ou a escrever mensagens de texto em um smartphone de tamanho diferente) até o essencial, como o caso de cirurgiões experientes aprendendo um novo procedimento endoscópico ou pilotos aprendendo a pilotar um modelo de avião diferente ou novo.
Portanto, sempre precisamos contar com o sono NREM para refinar e manter esses movimentos motores.
De interesse para os pais, o tempo mais crucial de aprendizado motor especializado ocorre nos primeiros anos após o nascimento, quando começamos a ficar de pé e a andar.
Não é de surpreender que vejamos um pico no sono NREM de estágio 2, incluindo fusos de sono, exatamente por volta do momento em que o bebê faz a transição do engatinhar para o caminhar.
Fonte:
Walker, Matthew. Por que nós dormimos: A nova ciência do sono e do sonho / Matthew Walker; tradução Maria Luiza X. de A. Borges. 1. ed. – Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018. pág.148.