Resiliência de atletas - Coaching Esportivo - Linhares Coach

Resiliência de atletas – Coaching Esportivo – Linhares Coach

Resiliência de atletas – Historicamente falando, a noção de resiliência vem sendo utilizada há muito tempo pela Física e Engenharia (YUNES; SZYMANSKI, 2001).

Se procurado no Dicio, dicionário online de português, o significado será “propriedade dos corpos que voltam à sua forma original, depois de terem sofrido deformação ou choque”.

Conforme Anjos e Astorga (2016), a personalidade resiliente é aquela que resiste aos conflitos e aos problemas que põem em perigo ou ameaçam o bem-estar.

Ao estudar a resiliência faz-se necessário ir além da identificação dos fatores de riscos e buscar a compreensão dos recursos pessoais e contextuais que podem ser utilizados no enfrentamento das situações.

Para Oliveira e Nakano (2018), a expressão da resposta resiliente basear-se-á principalmente na interpretação que o indivíduo faz daquele evento adverso e dos mecanismos de proteção que possui.

Assim, pode-se concluir que o fenômeno da resiliência se apresenta de formas variadas em diferentes indivíduos. O grau de resiliência de um sujeito está ligado à sua história de vida, seus projetos, seus sonhos, seus anseios, suas esperanças e realizações (VIEIRA; OLIVEIRA, 2017).

Nesse sentido, a resiliência está relacionada ao universo subjetivo. A subjetividade engloba não só a mente e o corpo do trabalhador, mas um turbilhão de sentimentos, de sofrimentos, de ambições, de fragilidades e de conflitos que o acompanham.

O conceito de resiliência, entretanto, por vezes, é empregado de maneira equivocada. O uso “empresarial” desse termo tem se voltado para exigir profissionais que se ajustem a condições adversas de trabalho (quaisquer que sejam) e tenham condições de retornar rapidamente ao estado normal (AMAZARRAY; KOLLER, 2014).

Diante disso, percebe-se que quando a resiliência é utilizada para impor a adaptação a algo ruim, provocando uma circunstância laboral de extremo desgaste e prejuízo à saúde do trabalhador (atleta), é abordada de forma errônea e perde o seu real sentido: a promoção de saúde.

Artigo:

Sales, Mariana Mendonça; Braga, Natalia Lopes; Baião, Darli Chahine. Estratégias resilientes de jogadores de futebol profissional atuantes no estado do Ceará. Motrivivência, (Florianópolis), v. 34, n. 65, p. 01-20, 2022. Universidade Federal de Santa Catarina. ISSN 2175-8042. Disponível em: <https://doi.org/10.5007/2175-8042.2022.e90773>. Acesso em Acesso em 20 de abr. de 2023.

Fontes:

AMAZARRAY, Mayte R.; KOLLER, Silvia. Resiliência como potência e os riscos para a saúde dos trabalhadores. In: SOBOLL, Lis Andrea; FERRAZ, Deise Luiza da Silva (org.). Gestão de Pessoas: armadilhas da organização do trabalho. Armadilhas da organização do trabalho. Atlas, 2014. p. 233-251.

ANJOS, Esther M. dos; ASTORGA, Consuelo M. A personalidade resiliente: Uma conceptualização teórica. Revista INFAD de Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology, v. 2, n. 1, p. 151-156, 2016. Disponível em: https://revista.infad.eu/index.php/IJODAEP/article/view/297

OLIVEIRA, Karina da Silva; NAKANO, Tatiana de Cássia. Avaliação da resiliência em Psicologia: revisão do cenário científico brasileiro. Psicol. pesq., Juiz de Fora , v. 12, n. 1, p. 73-83, abr. 2018. http://dx.doi.org/10.24879/2018001200100283.

VIEIRA, Adriana de A.; OLIVEIRA, Carlyle T. F. de. Resiliência no trabalho: uma análise comparativa entre as teorias funcionalista e crítica. Cadernos da EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 15, n. spe, p. 409- 427, Sept. 2017. https://doi.org/10.1590/1679-395159496

YUNES, Maria A. M.; SZYMANSKI, Heloísa. Resiliência: Noção, Conceitos Afins e Considerações Críticas. In: TAVARES, José (org.). Resiliência e Educação. São Paulo: Cortez, 2001. p. 13-42.

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