Real x Imaginário: Meu exemplo preferido de como um “mero”pensamento pode modificar o cérebro de maneiras fundamentais é um experimento que vou chamar de estudo de PIANO VIRTUAL.
Um grupo de cientistas liderado por Alvaro Pascual-Leone,6 da Universidade de Harvard, pediu que metade de um grupo de voluntários aprendesse a tocar uma música simples no teclado:
-usando os cinco dedos da mão direita;
-e que a PRATICASSE REPETIDAMENTE durante uma semana.
Os cientistas então fizeram exames de imagem do cérebro para determinar o tamanho da área do córtex motor responsável por mover esses dedos. Eles descobriram que a prática intensa havia expandido a região. Isso não foi uma grande surpresa. Outros experimentos já tinham constatado essa expansão após o aprendizado de movimentos específicos.
No entanto, os cientistas pediram que a outra metade do grupo de voluntários APENAS IMAGINASSE estar tocando as notas, sem de fato usar as teclas. Em seguida mediram o córtex motor para verificar se ele havia sofrido alguma modificação.
Resultado Real x Imaginário:
Descobriram que SIM: a região cerebral que controla os dedos da mão direita SE EXPANDIRA NOS PIANISTAS VIRTUAIS DE FORMA SEMELHANTE À VERIFICADA NOS VOLUNTÁRIOS QUE REALMENTE TOCARAM o piano.
O PENSAMENTO, e nada mais que ele, tinha aumentado a área do córtex motor dedicada àquela função específica.
Conclusão do Real x Imaginário
Pois bem, podemos modificar nosso estilo emocional para melhorar nossa resiliência, intuição social, sensibilidade aos estados emocionais e fisiológicos internos, nossos mecanismos para lidar com certas situações, nossa atenção e sensação de bem-estar, além de treiná-lo. O impressionante é o fato de conseguirmos modificar nosso próprio cérebro usando apenas a atividade mental. Esse estudo corrobora com o post de 2 semanas atrás. O artigo leva o título A PRÁTICA LEVA A PERFEIÇÃO (Michael Jordan ), em que jogadores de basquetebol treinavam em quadra e outros mentalmente.
Fonte:
Pascula-Leone, A. Amedi, F. Fregni e L.B. Merabet, “The Plastic Human Brain Cortex”, Annual Review of Neuroscience 28 (2005): pp.377-401.
Parabens pelo texto é de otima valia para podermos entender como nosso cérebro age a determinadas situações!!!
Muito obrigado aí Thiago!
É muito importante entender mesmo como nosso cérebro age, pois
isso facilita muitas situações cotidianas…
Abraço aí campeão!!!