Processo psicológico – Psicólogo Esportivo – Linhares Coac

PROCESSO PSICOLÓGICO

Tomemos como exemplo um jovem atleta de futebol de alto rendimento, incumbido de bater um pênalti aos 45 minutos do segundo tempo, quando o jogo está empatado em um campeonato importante. Ao posicionar a bola no local indicado e tomar distância para preparar-se, variados pensamentos o podem ocorrer, como por exemplo: “a vitória está em minhas mãos”; “e se eu errar? O que dirão?”; “preciso acertar para não decepcionar meu treinador”.

Pensamentos deste tipo podem prejudicar a concentração do atleta, trazendo preocupações limitantes justamente durante um momento tão importante. Neste caso, a dúvida na sua capacidade de realizar a tarefa com sucesso tende a afetar suas emoções, provocando reações de medo que, por sua vez, poderão interferir nas funções fisiológicas necessárias para a realização de um bom desempenho, diminuir as chances de execução do pênalti na melhor qualidade possível.

Da mesma forma, pensamentos positivos poderiam contribuir com emoções positivas, provocando níveis elevados e adequados da autoconfiança e contribuir com a qualidade do desempenho na realização da tarefa.

O exemplo demonstra o modo como os processos psicológicos podem interferir na atuação esportiva e, possivelmente, na satisfação do atleta em campo. Considera-se que cada indivíduo apresenta uma forma subjetiva para compreender as situações, e que esta, afeta de modo particular suas emoções e comportamentos (REY; GOULART; BEZERRA, 2016).

Por isso, a Psicologia do Esporte do Exercício busca compreender as ocorrências psicológicas antes, durante e depois das atividades esportivas, bem como intervir sobre a forma como estes aspectos interferem na prática de esportes e exercícios (BECKER JR., 2008).

Fonte:

BECKER JUNIOR, Benno. Manual de Psicologia do Esporte e do Exercício. Porto Alegre: Nova Prova, 2008.
REY, Fernando González; GOULART, Daniel Magalhães; BEZERRA, Marília dos Santos. Ação profissional e subjetividade: para além do conceito de intervenção profissional na psicologia. Educação, v. 39, n. 4, p.54-65, dez. 2016. EDIPUCRS. http://dx.doi.org/10.15448/1981-2582.2016.s.24379. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/24379/15422

 

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