Probabilidade de amarelar – Numa verificação de situações de pressão junto a atletas propensos a amarelarem, Jordet e Hartman (2008) constataram que jogadores de futebol apresentavam maior probabilidade de amarelar (errar uma cobrança de pênalti) numa decisão por pênaltis, quando um erro significava perda do jogo em oposição a uma perda em que o jogo permaneceria em aberto.
Basicamente, quando diante da necessidade de converter a penalidade para evitar perder um jogo, os jogadores ficavam mais propensos ao erro do que quando diante da necessidade de converter a penalidade para vencer o jogo.
Parecia que os jogadores levavam mais tempo antes dos chutes que pudessem resultar em perda, e essa perda de autoconfiança poderia produzir essas diferenças de desempenho.
Além disso, Hill, Hanton, Fleming e Matthews (2009) descobriram que diferenças individuais modelavam o processo de amarelar e suas consequências. De modo específico, autoconfiança baixa acompanhada de pensamento disfuncional (“Não consigo acreditar que tive êxito nessa jogada estúpida”), rigidez mental baixa e falta de uma perspectiva equilibrada de esporte/vida (manter as vitórias e derrotas em perspectiva) ajudavam a prever quando os atletas acabariam amarelando.
Fonte:
Weinberg, Robert; Gould, Daniel. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. 6. Ed. Porto Alegre: ARTMED, 2017. pág. 354.