Performance x Ansiedade – Coaching Esportivo – Linhares Coach
A ansiedade tem associação direta com a ativação devido aos efeitos semelhantes que estas geram sobre o corpo (físico). Esta também tem como função preparar o corpo e a mente para vivenciar situações percebidas pelo indivíduo como desafiadoras, importantes ou até perigosas. Por isso, além de gerar reações físicas, gera reações cognitivas, com pensamentos que tentam antecipar possíveis problemas, também chamados de preocupações.
A ansiedade muito elevada tende a afetar negativamente o funcionamento cognitivo, fazendo com que as preocupações se tornem dúvidas e incertezas acerca do futuro, levando, frequentemente a uma antecipação mental negativa do que ocorrerá.
Martens, Vealey e Burton (1990) sugeriram que a ansiedade apresenta um componente cognitivo e um componente somático, justamente por gerar efeitos sobre os pensamentos (com preocupações e pensamentos antecipatórios negativos, também chamados de catastróficos) e sobre o funcionamento fisiológico, que fica aumentado e mais intensamente percebido pelo indivíduo.
Os autores indicam ainda uma relação inversa entre a ansiedade e a autoconfiança esportiva. Propõem que se houver aumento excessivo da ansiedade, com pensamentos de dúvida sobre o futuro, a autoconfiança do atleta tende a diminuir.
Considerando que a ansiedade também tem como intuito preparar o corpo e a mente, e que deveria antecipar problemas para facilitar a busca de soluções, afirma-se que esta tem uma função importante no funcionamento humano.
O problema é quando esta antecipação de problemas se torna excessiva, gerando, ao invés de raciocínio positivo, preocupações e antecipações negativas, com uma sensação (ou até uma certeza) de que as coisas não correrão bem ou como deveriam.
Weinberg e Gould (2017) apresentam uma série de pressupostos teóricos e estudos que demonstram uma perspectiva importante sobre a ansiedade: a de que ela pode ser debilitante ou, por outro lado, facilitadora para o desempenho esportivo. Esta diferença estará na forma como o atleta compreende, percebe e lida com a sua ansiedade.
As características de personalidade são alguns dos fatores que interferem nesta percepção e no enfrentamento da ansiedade. O traço de ansiedade, por exemplo, é uma característica da personalidade definida como a tendência do
sujeito em perceber as situações diversas como ameaçadoras e difíceis (SPIELBERG, 1972). Atletas com esta predisposição tendem a interpretar as situações competitivas como ameaçadoras e difíceis, que podem prejudicar o seu bem-estar psicológico, físico e social (MARTENS, 1977).
