O poder das conexões. Em um artigo publicado na conceituada revista de científica Science, os pesquisadores Moiseff e Copeland relataram que, quando os insetos se iluminam em momentos aleatórios, a probabilidade de uma fêmea reagir a um macho nos recessos profundos e escuros de um manguezal é de apenas 3%.
Mas, quando os insetos se iluminam juntos, a probabilidade de suscitar uma reação das fêmeas sobre 82%. Não, isso não foi um erro de digitação. A taxa de sucesso aumenta 79 pontos percentuais quando os vagalumes se iluminam em uma comunidade interconectada, em comparação à quando o fazem individualmente.
A sociedade nos ensina que é melhor ser a única luz brilhante do que ser apenas mais uma luz de uma floresta de luz brilhante. Afinal, não é assim que vemos o sucesso em escolas e empresas?
Queremos nos formar com a melhor nota da turma, arranjar um emprego na melhor empresa E trabalhar no projeto mais cobiçado. Queremos que o nosso filho seja o mais inteligente da escola, a criança mais popular do bairro, o mais rápido do time de futebol. Quando um recurso (como ser aceito na melhor universidade, conseguir uma entrevista em uma excelente empresa ou ser escolhido para jogar no melhor time) é limitado, aprendemos que precisamos competir para nos destacar na multidão.
As pesquisas demonstram que não é bem assim que a coisa funciona. Os estudiosos dos vagalumes descobriram que, quando os insetos conseguiam sincronizar os pulsos de luz com precisão surpreendente (na ordem de milissegundos!), eles eliminam a necessidade de competir. E, quando ajudamos uns aos outros a melhorar, podemos aumentar o número de oportunidades disponíveis em vez de ter de competir por elas. Como os vagalumes, quando aprendemos a coordenar nossas ações e colaborar, todos podemos brilhar mais, tanto individualmente quanto coletivamente.