O poder nos protege - Coaching Esportivo - Thiago Linhares

O poder nos protege – Coaching Esportivo – Thiago Linhares

O poder nos protege. Um conjunto crescente de pesquisas sugere que o poder é um escudo contra emoções negativas – aparentemente ele nos deixa menos sensíveis a julgamentos, rejeição, tensão e até dor física.

Em um estudo, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley pediram a estudantes que estavam namorando que preenchessem uma pesquisa todas as noites durante duas semanas.

As perguntas visavam medir quão poderosos eles se sentiam e eram do tipo “Quem teve mais poder em seu relacionamento hoje?” e “Quem tomou mais decisões hoje?”.

Depois, para medir seus sentimentos de rejeição, os estudantes avaliaram a hostilidade de seus parceiros para com eles.

Pediu-se também que informassem com que intensidade experimentaram quatro sentimentos negativos: raiva, ansiedade, tristeza e vergonha.

Nos dias em que a rejeição foi alta, quem se sentia poderoso reduziu as emoções negativas, protegendo-se. Mesmo o poder hipotético pode operar milagres.

Em outro estudo dos mesmos pesquisadores, voluntários foram solicitados a desempenhar um papel – de funcionários com muito ou pouco poder em uma empresa – e tiveram de imaginar que não haviam sido convidados para um happy hour.

O colega que decidiu não convidá-los poderia ter um cargo mais alto, de mesmo nível ou mais baixo na empresa.

Pediu-se então aos voluntários que avaliassem suas emoções e sua autoestima.

Quanto mais poderosos em comparação com o funcionário que os rejeitou, menor a emoção negativa sentida e maior sua autoestima.

Num terceiro estudo, estudantes foram avisados de que formariam duplas com parceiros para resolver charadas.

Depois foram informados de que seriam designados para representar o chefe (um papel poderoso) ou o subordinado (um papel sem poder).

Depois que seus parceiros ocultos (e fictícios) descobriam um pouco a respeito deles, mostravam-se levemente satisfeitos ou insatisfeitos com a perspectiva de trabalharem juntos.

Os participantes menos poderosos (ou seja, os subordinados) se sentiram pior e com menor autoestima quando seus parceiros expressaram insatisfação em vez de satisfação. Os participantes mais poderosos pareceram não se importar.

Em um experimento conduzido pela professora Dana Carney, de Berkeley, voluntários foram instruídos a preencher um questionário sobre sua experiência de liderança. Depois foram designados para papéis de muito ou pouco poder.

Embora acreditassem que suas tarefas tivessem se baseado nos resultados do questionário, a escolha foi aleatória. As pessoas com muito e pouco poder foram instruídas a trabalhar em duplas para tomar uma decisão sobre bônus concedidos a outros colegas.

Aqueles no papel com muito poder receberam escritórios bem maiores, mais controle nas reuniões e a palavra final na decisão sobre quanto (se era o caso) seria pago a seus colegas menos poderosos.

Carney e sua equipe usaram um estressor – dor física – para medir os efeitos de sentir-se poderoso sobre a reação à tensão. Pediram a cada voluntário que submergisse sua mão em um balde de água gelada (mantida a uns 9°C), informando que poderiam retirar a mão a qualquer momento, e mediram quanto tempo cada voluntário resistia.

Não apenas as pessoas nos papéis poderosos mantiveram as mãos na água cerca de 45 segundos a mais do que os voluntários sem poder – quase o dobro do tempo – como também demonstraram menos sinais não verbais de dor (caretas, enrijecimento muscular e movimentos nervosos). 21

 

Fonte:

21. Carney, D. R., Yap, A. J., Lucas, B. J., Mehta, P. H., McGee, J. & Wilmuth, C. (documento de trabalho). Power buffers stress – for better and for worse. Acessado em http://faculty.haas.berkeley.edu/dana_carney/vita.html .

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