Neurônios-espelho - Psicologia do Esporte em Curitiba - Linhares Coach

Neurônios-espelho – Psicologia do Esporte em Curitiba – Linhares Coach

Neurônios Espelho | Embora a comunidade neurocientífica já tenha conhecimento do impacto biológico da expansão das experiências, só recentemente deciframos como o cérebro de fato processa a experiência para codificar o aprendizado e construir a capacidade de desempenho. A descoberta de sistemas neurais exclusivos que representam objetos, pessoas e ações fornece uma nova explicação sobre o mecanismo envolvido.

Os chamados neurônios-espelho que constituem tais sistemas ajudam na velocidade e na precisão da nossa percepção simulando mentalmente objetos e ações no nosso ambiente. Saber que esses neurônios nos permitem espelhar internamente o mundo exterior é um salto quântico na nossa compreensão de como os humanos entendem e dominam seu ambiente.

A experiência empírica é capaz de ativar esses neurônios amplificadores de desempenho e, portanto, acelerar o aprendizado e a capacidade de aprender.

Os cientistas já presumiam que pessoas adquirem novas habilidades por meio da prática – ou seja, pela experiência direta -, mas a existência de neurônios-espelho significa que também é possível dominar habilidades pela observação e pela exposição indireta.

Pense nisto por um momento: quando um jogador de golfe profissional demonstra a postura e as tacadas corretas para que você o imite, neurônios-espelho são ativados, capacitando você a aprender a partir da experiência dele ao fornecer a imagem mental das ações adequadas. E não somente habilidades físicas podem ser aprendidas desta maneira.

Da mesma forma, suas cognições sociais são auxiliadas por neurônios especializados que refletem expressões faciais, gestos e outros sinais e desenvolvem sua capacidade de interpretar as ações e as expressões de outras pessoas equiparando-as a representações internas que você adquiriu.

Isso sugere que imagens mentais – como recriar a tacada do jogador de golfe profissional – são um modo válido de aprender e adquirir novas competências. Esportistas com frequência atribuem seu desempenho excepcional à capacidade de “ver” a bola e seu trajeto antes de rebatê-la ou pegá-la. A habilidade cerebral para aprender dessa maneira gera um argumento biológico em defesa do uso de simulações e de estudos de caso como ferramentas para desenvolver lideranças.

Tais abordagens não somente prometem modos eficazes de aprender, como também são potencialmente muito eficientes. É concebível que você possa colher os benefícios cerebrais da experiência direta de outras pessoas por meio da exposição de curta duração a estímulos. Experiências simuladas podem estabelecer a prontidão dos neurônios para experiências reais.

Fonte:
Força mental / [Graham Jones… [et al.]; 1. ed.- Rio de Janeiro: Sextante, 2022. Pág. 48 e 49

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