Mindfulness e o esporte competitivo – Coaching Esportivo – Linhares Coach
Mindfulness e o esporte competitivo – Horas extenuantes de treinamento, dedicação e disciplina extremas, gerenciamento das emoções, restrição de atividades sociais e de lazer constituem exemplos da vida cotidiana de atletas de alto rendimento. Dentre os inúmeros desafios, a melhoria e a manutenção de desempenhos considerados excelentes merecem destaque.
O aprendizado de habilidades psicológicas, tal como o aprendizado das habilidades técnicas e táticas, deve ser praticado regularmente e refinado a partir de seu emprego sistemático (Figueiredo, 2000; Samulski, 2009; Weinberg & Gould, 2017). Ressalta-se ainda que quanto mais elevado o nível da competição, mais semelhantes os atletas se revelam em termos de capacidade e nível de treinamento. Nesse processo, os fatores psicológicos podem assumir grande importância no resultado final de uma competição (Samulski, 2009; Weinberg & Gould, 2017; Wolff, 2015).
Nesta perspectiva, uma estratégia que vem despertando o interesse de profissionais da área da saúde é o mindfulness, ou atenção plena, como é livremente traduzido. Mindfulness pode ser definido como a consciência que surge quando centrado no momento presente e livre de julgamento. Trata-se da capacidade de prestar atenção, no aqui e agora, a tudo que surgir, interna ou externamente, sem se prender ou desejar que a situação fosse diferente. Consiste em contemplar seus pensamentos, emoções e sensações como eventos que fluem de forma contínua e dinâmica. Permite, portanto, que a pessoa seja menos reativa ao que está acontecendo no momento (Germer, 2016; Kabat-Zinn, 1994; 2017; Williams & Penman, 2015).
Estar totalmente presente no agora consiste em reconhecer as experiências internas e externas enquanto elas ocorrem e não reagir automaticamente à elas. A atenção plena (mindfulness) significa estar presente de maneira incondicional, com aceitação e atenção focada na tarefa do momento (Germer, 2016; Kabat-Zinn, 1994; Williams & Penman, 2015;). Significa, portanto, aceitar as experiências consideradas tanto prazerosas quanto as dolorosas à medida que elas surgem. Promover o cultivo do mindfulness ajuda a promover a aceitação da experiência interna e também a diminuir a evitação (Germer, 2016; Kabat-Zinn, 1994; 2017; Williams & Penman, 2015;).
