Bandagem. Outro exemplo vem de pesquisadores da Universidade de Auckland, que informaram aos participantes que o estudo investigava como a bandagem adesiva (como aquelas usadas por atletas) afeta a fisiologia, o humor e o desempenho.
Eles aplicaram a bandagem nas costas dos participantes em padrões que ajudavam a mantê-los em posturas eretas ou em desleixadas.
Nessas posições, os voluntários realizaram uma versão do Teste de Estresse Social (TSST), uma tarefa empregada em vários experimentos descritos neste livro: cada um preparou um discurso de cinco minutos mostrando ser o melhor candidato para o emprego de seus sonhos e o apresentou a uma banca de juízes assustadoramente indiferentes.
Mas, ao contrário do que aconteceu em nossos estudos de posturas de poder, aquelas posturas sutis foram mantidas durante a tarefa de apresentação – ou seja, os participantes mantiveram posturas expansivas ou contrativas, como se sentarem eretos, com ombros aprumados, ou desleixados, com ombros curvados.
Depois, os pesquisadores avaliaram o humor, a autoestima e a ameaça percebida nos voluntários: quão assustados eles teriam ficado nos diferentes cenários ameaçadores.
Em comparação com os participantes desleixados, os participantes eretos se sentiram mais entusiasmados e fortes e menos tensos e letárgicos. Informaram também sentir menos medo e maior autoestima.
Fonte:
Cuddy, Amy. O poder da presença. Rio de Janeiro: Sextante, 2016. pág 181.