Outro aspecto que chama atenção de atletas e treinadores é o medo. Em se tratando deste assunto, Brochado (2002) sugere que o medo no esporte não deve ser considerado um fator unicamente negativo. Certa quantidade de medo é necessária para manter o estado de alerta do atleta prevenindo assim, situações indesejadas, porém, quando o mesmo se torna um fator limitante impedindo a melhora do rendimento esportivo, é necessária uma intervenção.
Lavoura (2007) define o medo como uma emoção primária do ser humano que está relacionada a atitudes a fim de evitar determinada situação e a autoproteção. Pode ser desencadeado quando um indivíduo passa por situações de tensão, nervosismo e desafio. Dessa forma, o medo difere da ansiedade, pois ocorre diante de uma ameaça concreta.
No meio esportivo pode-se dizer que o medo é resultado da insegurança do atleta.
De acordo com Lavoura, Mello e Machado (2007) os principais medos vivenciados pelos atletas estão o medo de fracassar, o medo de rejeição, o medo de agressão, o medo de lesão, o medo do vexame e mau desempenho. Para estes autores existe uma relação direta entre medo e vergonha.
PESQUISA – Atleta você tem medo do que?
Ao avaliarem atletas de voleibol feminino estes encontraram que
15,69% tinham medo de se lesionar, 14,53% tinham medo de não obter
êxito, 13,95% medo de não alcançar as expectativas e 13,37% tinham medo
de rejeição e, todos estes fatores, eram acompanhados de uma quantidade
significativa de vergonha.