A CIÊNCIA DO HUMOR. Pesquisas em unidades de tratamento intensivo mostraram, por exemplo, que a presença reconfortante de outra pessoa, além de reduzir a pressão arterial do paciente, também retarda a secreção de ácidos graxos que bloqueiam as artérias.
Outro estudo descobriu que três ou mais incidentes de estresse intenso dentro de um mesmo ano (por exemplo, sérios problemas financeiros, ser despedido ou um divórcio) triplicam a taxa de mortalidade em homens de meia-idade que são socialmente isolados, mas não têm impacto na taxa de mortalidade de homens com muitos relacionamentos íntimos.
Os cientistas descrevem o circuito aberto como “regulação límbica interpessoal”: uma pessoa transmite sinais capazes de alterar níveis de hormônios, funções cardiovasculares, ritmos de sono, até funções imunológicas dentro do corpo de outra.
É assim que casais conseguem desencadear o aumento de oxitocina no cérebro um do outro, criando uma sensação afetuosa agradável. Mas em todos os aspectos da vida social, nossas fisiologias se mesclam. Nosso projeto de circuito aberto do sistema límbico permite que outras pessoas mudem nossa própria fisiologia e, portanto, nossas emoções.
Embora o circuito aberto esteja tão entranhado em nossas vidas, geralmente não percebemos o processo. Cientistas captaram a sintonia das emoções em laboratório medindo a fisiologia – como os batimentos cardíacos – de duas pessoas tendo uma boa conversa. Quando a interação começa, seus corpos operam em ritmos diferentes. Mas após 15 minutos, os perfis fisiológicos de seus corpos ficam bem parecidos.
Fonte:
Goleman, Daniel. Liderança: a inteligência emocional na formação de um líder de sucesso / Daniel Goleman; tradução Ivo Korytowski.- 1° ed. – Rio de Janeiro: Objetiva, 2015. Pág 58 e 59.