4 motivos para você visualizar – Quanto maior a riqueza de detalhes associando elementos visuais, sinestésicos, auditivos, táteis e olfativos, mais eficaz será o treinamento. A visualização utilizada em diversas situações com distintos objetivos como:
- Aquisição de uma nova habilidade, por exemplo, repassar uma nova coreografia. Técnica historicamente utilizada na ginástica artística, pois há a vantagem de se treinar e repassar mentalmente passo a passo o movimento, porém sem o risco e o impacto da execução nos aparelhos.
- Manutenção de técnica e estratégia, onde há a repetição de um gesto técnico ou de uma jogada ensaiada. Este recurso é empregado na recuperação de atletas lesionados, pois a imaginação sistemática de certos movimentos pode evitar a diminuição da motricidade. Recurso também utilizado para reabilitação de pessoas que tiveram membros danificados, onde se instrui que o paciente treine um movimento mentalmente antes de tentar sua execução.
- Gerar confiança ao se recordar de uma grande atuação, ou então ao imaginar um rendimento perfeito. No segundo caso há que se cuidar para não elevar demasiado as expectativas para situações irrealistas que podem gerar frustra ção ou bloqueio, por isso a importância da intenção colocada em prática. Alguns atletas de futebol às vezes se imaginam realizando jogadas incríveis for de seu padrão, contudo, com o intuito de entreter a mente e não para replica em campo a fantasia.
- Ensaio mental na preparação para atuação onde se repassa toda a rotina prévia a uma prova para se fazer um checklist mental, ou então para diminui a ansiedade e emoções negativas treinando na mente situações adversas, e sua superação.
Por não necessitar de equipamentos, local específico, ou recursos, a visualização é um grande trunfo para a preparação de atletas e econômica para dirigentes.
Contudo, há que se reforçar constantemente a necessidade da prática sistemática para que tenha efeito, como o treino físico, pois depende doengajamento do atleta que deve estar convencido da sua eficácia.
Fonte:
Conde, Erick; Filgueiras, Alberto; Angelo, Luciana; Pereira, Adriana; Carvalho, Cristiane. Psicologia do esporte e do exercício: modelos teóricos, pesquisa e intervenção – São Paulo: Pasavento, 2019. Pág I44 e 145.